“Seja bem vindo a Rua 35. Onde durante o
dia se vê a beleza e durante a noite o horror. Dizem que nós somos loucos, mas,
na real, quem não é? Pegue uma cadeira, sente-se e se prepare, pois o show vai
começar.”
Capitulo
1 – Apresentação.
Francamente,
eu não sei o porquê de termos que vir para essa maldita escola. É um lugar
chato, branco que me lembra muito os hospitais. Não é nada agradável. Annabell
– minha melhor amiga – me cutucava a mais de meia hora tentando desviar a minha
atenção da velha baixinha de óculos que era a nossa professora. Eu tenho a
pequena impressão que ela vai sofrer um ataque cardíaco a qualquer segundo. Mais isso não importa, já que a velha é quase que o rascunho do capeta.
- Ei, você me ouviu? – Anna perguntou.
- Sim, eu ouvi.
Ah, que
indelicadeza da minha parte. Chamo-me Giuliana, mas pode me chamar de “o demônio"
já que é assim que todos me chamam quando não estou por perto. Não me perguntem
o porquê, tem muita gente pior que eu nesse lugar.
Mas para que você entenda, deixe-me
explicar:
Nós moramos em uma cidade chamada North
Hills, lugarzinho estranho mais bem interessante. Nossa “linda” cidade é
dividida por ruas, ou bairros, fica ao seu critério escolher.
Eu e a Annabell vivemos
na “Rua 35”
o pior lugar pra se viver se você for uma pessoa normal. Ai você me pergunta: O
que você quer dizer com “normal”? Bem, digamos que nos, moradores da Rua 35,
somos considerados psicopatas por todos da nossa cidade. Mas na realidade nós
somos mesmo psicopatas.
Andamos armados, com medo de que aja outra
“rebelião” a qualquer momento. Deixe-me lhe explicar sobre as rebeliões: “Eles” vêm até a nossa Rua, tentando se
livrar de nós. Colocam os moradores da nossa rua uns contra os outros e depois
vão embora, e deixam o banho de sangue começar. Na ultima rebelião meu irmão -
Brandon - foi morto. Eu fiquei triste, é claro, mais ainda me sobrou à maldita
da Clarisse, minha outra irmã. Aquela porca imunda. Quando a rebelião começou,
ela se voltou contra mim e Brandon, matou o próprio irmão dando um tiro em sua
cabeça e tentou me matar com um punhal, mas não conseguiu. O que resultou numa
bela cicatriz em meu braço esquerdo e naquela maldita fugindo como um cachorro
com o rabo entre as pernas. Mais ainda me vingarei da porca.